Em um cenário que se repete ano após ano, as estradas vicinais da zona rural continuam a ser um desafio constante para os moradores locais. No entanto, a recente movimentação de máquinas do governo estadual para a recuperação dessas vias, justamente em ano eleitoral, levanta sérios questionamentos sobre a gestão de Marcos Madeira.
Por que somente agora, em 2024, essas ações estão sendo implementadas? Os problemas enfrentados pelas comunidades rurais não surgiram de repente. Desde 2020, moradores têm relatado as dificuldades de transitar por estradas esburacadas e mal conservadas, prejudicando o transporte de pessoas, mercadorias e o acesso a serviços básicos.
A pergunta que ecoa é: onde estava Marcos Madeira durante os anos de 2021, 2022 e 2023? A situação das estradas vicinais não era diferente nesses anos. A falta de manutenção e investimento adequado resultou em inúmeras queixas e pedidos de socorro das comunidades afetadas. No entanto, a resposta do governo foi, na melhor das hipóteses, morna.
Agora, com as eleições se aproximando, a súbita mobilização de recursos e maquinário estatal para a recuperação das estradas parece mais uma tentativa de ganhar apoio eleitoral do que uma resposta genuína às necessidades da população.
O oportunismo político é uma preocupação real. Ações que deveriam ser contínuas e planejadas ao longo de todo o mandato parecem ser guardadas como trunfos para momentos estratégicos, visando apenas os benefícios eleitorais. Essa prática não apenas compromete a qualidade de vida dos moradores da zona rural, mas também mina a confiança pública na administração.
A recuperação das estradas vicinais é, sem dúvida, necessária e bem-vinda. No entanto, é essencial que essas ações sejam parte de um plano abrangente de desenvolvimento rural, com manutenção regular e melhorias contínuas, independentemente do calendário eleitoral.
Os moradores da zona rural merecem respostas claras e um compromisso verdadeiro com o desenvolvimento sustentável de suas comunidades. Marcos Madeira precisa explicar por que essas intervenções não foram realizadas nos anos anteriores e o que será feito para garantir que a manutenção das estradas vicinais não dependa do calendário eleitoral, mas sim das necessidades reais da população.
É hora de exigir transparência e responsabilidade dos nossos líderes, para que políticas públicas eficazes e duradouras sejam implementadas, beneficiando a todos, e não apenas em tempos de eleição.